Quando tudo isso passar, queremos celebrar

Foz do Iguaçu ainda era um pequeno aglomerado de casas. Nem sonhava em se chamar por esse nome quando começou a se abrir para o turismo. Isso foi no final do século 19. Por volta de 1901 e 1903. Devemos isso ao empenho do comandante da Colônia Militar do Iguassú, o tenente Edmundo Xavier de Barros. Na época, só havia uma picada usada pelos peões para escoar a erva mate que passava pelas Cataratas do Iguaçu.

Edmundo franqueou o uso da picada e mandou colocar em seu acesso uma placa que dizia: “Estrada para o Parque Nacional” (história é narrada pelo escritor argentino Florencio de Balsadúa, no livro “Pasado, presente y porvenir del Territorio de Misiones”).  Cerca de 13 anos depois, Santos Dumont visitou as Cataratas, mas, Edmundo de Barros não viveu para encontrá-lo. Depois da visita de Santos Dumont as coisas nunca voltaram a ser as mesmas. Foi o primeiro ponta pé para a criação do parque sonhado por Edmundo de Barros.

Em 1919, durante a visita do escritor norte americano Elias Burton Holmes, criador do formato de livros reportagens sobre viagens, relatou em sua publicação a visita às Cataratas do Iguaçu. Desde então, milhões de pessoas de todo o mundo desembarcam em Foz do Iguaçu. Vinham de barco (no começo), de ônibus, de avião, de Concorde, em voos charters da Espanha, da Austrália e dos Estados Unidos, além de aeronaves presidenciais à serviço de dezenas de chefes de estado. Ao longo de todos esses anos, a cidade nunca ficou vazia. Até agora.

Parte integrante da família mundial do turismo, Foz do Iguaçu e suas irmãs da região tradicional, sentiram o baque. Não só financeiro e econômico, mas também o emocional. Ver as ruas vazias, seus moradores isolados em quarentena; ver as ruas sem turistas e viajantes, dói no coração. Os turistas também estão de quarentena em São Paulo, Curitiba, Nova York, Sidney e Tóquio. O mundo está em quarentena.

É uma hora difícil, mas como a experiência mostra, a pandemia vai passar. E logo os povos do Planeta voltarão a fazer o que gostam, pois isso tudo abre uma oportunidade de ver o mundo com olhos diferentes. Oportunidade de fazermos o que gostamos com a experiência de quem viu tudo parar.

Em Foz do Iguaçu, quando os negócios reabrirem, quando os trabalhadores voltarem a seus trabalhos, quando chegar o primeiro novo hóspede, quando for servido o primeiro almoço presencial, quando aterrissar o primeiro voo, queremos estar preparados para considerar cada pequeno contato, como um grande acontecimento que seja motivo para celebração.

Mesmo em isolamento domiciliar, a equipe do Visit Iguassu, junto com seus associados, seus parceiros públicos municipais, estaduais e da esfera federal, entidades do terceiro setor e o empresariado local, continua trabalhando e prepara a casa para voltar a receber o nosso público regional, estadual, nacional, a família Mercosul e os nossos visitantes de mais de 170 países e territórios do mundo todo.

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