Parque das Aves reinaugura viveiro dedicado às aves de Rios e Manguezais

Com mais de 700 m², novo espaço é a versão atualizada do primeiro viveiro do Parque batizado como “Pantanal”.

Fechado para repaginação desde 2021, o antigo viveiro de imersão dedicado ao Pantanal, foi aberto na quinta-feira, 11 de maio, com o nome Viveiro de Aves de Rios e Manguezais. A reinauguração teve um sabor especial, pois o Viveiro Pantanal foi o primeiro espaço de imersão no Parque das Aves, desde sua inauguração em 1994.

A equipe lembrou que o Viveiro Pantanal era o preferido do fundador Dennis Croukamp que passava horas observando sua beleza.

O Viveiro é dedicado a aves que habitam em ambientes úmidos como manguezais, beira e ilhas de rios, áreas alagadas e floresta de Mata Atlântica vizinha a essas áreas. A passarela passa por cima de um laguinho.

Para quem entra no viveiro a recepção é feita por um grupo de guarás que chamam a atenção com sua cor avermelhada escarlate. Um maguari e um cabeça seca representam áreas alagadas como o Pantanal. Um socó-boi recebe os visitantes emitindo o seu grito que lembra o mugir de um boi. E a complexa biologia destes biomas é ilustrada com o voo rasante de um Tachã ou anhuma, que aterrissa próximo ao lago artificial do viveiro onde vários patos irerês se esquentam no sol.

Para ajudar na identificação das aves do recinto, existe um conjunto de placas em um ponto da passarela, apresentando o nome comum e científico, e com um mapa mostrando os principais locais de ocorrência das espécies do recinto.

Vale lembrar que as aves que se encontram na área de conservação são provenientes de apreensões e contrabandos. Para a diretora técnica do Parque das Aves, Paloma Bosso, é um alívio que apenas uma unidade de cabeça-seca e maguari estejam no local. “Isso mostra que não estão em perigo de extinção e não estão sendo alvos de maldades”, disse. O mesmo acontece com a ausência de tuiuiús, a ave símbolo do Pantanal.

Para ajudar na identificação das aves do recinto, existe um conjunto de placas em um ponto da passarela, apresentando o nome comum e científico, e com um mapa mostrando os principais locais de ocorrência das espécies do recinto.

A inauguração foi feita inicialmente para a imprensa pela manhã e logo após foi aberta à visitação do público. Após conhecer a nova instalação de mais de 700 metros quadrados e 10 metros de altura, os convidados foram recebidos com um café oferecido pelo Complexo Gastronômico do Parque que inclui o restaurante, o Bistrô e o Café da Praça.

O banquete à base de Plantas alimentícias não convencionais (PANCs) só arrancou comentários positivos. Na mesa estavam bolinhos de taioba, dadinhos de tapioca com ora-pro-nóbis, empadinha de palmito com ora-pro-nóbis, biscoitos amanteigados com ervas, tortinha de maçã com creme de lulo e creme de abacaxi com pimenta, tudo feito para marcar na memória a inauguração.

As aves do viveiro — Os visitantes poderão observar nesse lindo viveiro mais de 70 aves de 18 espécies diferentes de aves típicas que vivem em regiões de manguezais e rios da Mata Atlântica.

Olha só 3 espécies que você precisa conhecer quando estiver no Viveiro:os guarás, aves que chamam muito atenção pela cor vermelha e bem forte das suas penas, e seu bico comprido e pontudo; os papagaios-de-cara-roxa, você vai conhecer um bando desse papagaio do litoral paranaense no viveiro, mas fica aqui a dica: com suas penas verdes, eles se camuflam nas árvores, e seu desafio é olhar com muita atenção para encontrá-los; o cabeça-seca, ave migratória que pode ser vista próxima de lagos que margeiam rios e se distribui do sul dos Estados Unidos até a Argentina. Aliás, o cabeça-seca do Parque das Aves tem uma história interessante, que contamos abaixo.

Papagaio-de-cara-roxa em cima de um galho de uma árvore — Os visitantes poderão observar o papagaio-de-cara-roxa, ave de Mata Atlântica e ameaçada de extinção

O cabeça-seca — Em 2020, o Viveiro Aves de Rios e Manguezais passou a abrigar o cabeça-seca, uma ave proveniente de resgate, que chegou ao parque vítima de um tiro de chumbinho.

A bala estava muito próxima ao coração, e após uma cirurgia longa e delicada, com quase 2 horas de duração, e a equipe técnica conseguiu remover o projétil e salvar a ave, sendo motivo de comemoração por todos. Após uma longa cirurgia, o cabeça-seca se recuperou bem e agora vive no Viveiro Aves de Rios e Manguezais

Por ser uma ave migratória, o cabeça-seca não pode mais retornar ao seu ambiente de ocorrência natural, pois se perdeu do seu grupo, e vai permanecer sob os cuidados do Parque das Aves tendo as melhores condições de vida possível e acompanhado por uma equipe maravilhosa.

A fundadora do Parque das Aves Anna Croukamp lembrou os quase 30 anos de funcionamento do empreendimento e disse que o novo recanto foi refeito. “Nosso criador de projetos decidiu arrancar tudo e fazer tudo novo”, comentou mostrando a diferença do antes e depois. A comemoração dos 30 anos será em 2024.

Conheça o Viveiro Aves de Rios e Manguezais — Agora que você ficou conhecendo um pouco mais sobre o nosso viveiro com aves de rios e manguezais, visite o Parque das Aves.

Venha para Foz do Iguaçu ter uma experiência única em meio à Mata Atlântica e conheça os nossos trabalhos de conservação de espécies ameaçadas de extinção.

O Parque fica localizado bem em frente às Cataratas do Iguaçu e você pode conferir mais detalhes sobre valores de ingressos aqui.

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn

Posts relacionados

Visit Iguassu na WTM Latin America 2024

Com intensa agenda de reuniões, o Visit Iguassu está presente na feira internacional de turismo, a World Travel Market Latin America. A WTM atrai, por ano, 27 mil profissionais e