Foz do Iguaçu para observadores de pássaros

Estudar pássaros cientificamente é prerrogativa do biólogo, do veterinário e do zoólogo. Já observar pássaros é a escolha de quem decide passar o tempo livre na natureza, se divertindo, entendendo o mundo natural e satisfazendo a sua curiosidade sobre a diversidade da vida na terra ou nos ares.

O Brasil, com suas 1804 espécies de pássaros confirmadas, é um paraíso para os observadores de aves. Foz do Iguaçu é uma dessas mecas para observadores de aves ou “birdwatchers”. O Parque Nacional do Iguaçu é lar para mais de 240 espécies. Há espécies que podem ser vistas a partir das passarelas das Cataratas, ao longo da estrada que leva às Cataratas e em trilhas, como no Aguaray Eco Esportes.

A cidade é também a sede do Parque das Aves, que além de sua importância para o entretenimento e lazer ligado ao turismo é um importante centro de preservação e conservação de espécies da Mata Atlântica. Para o amante de pássaros, o Parque das Aves é parte desse universo. Vale a pena ver o trabalho realizado com espécies como o mutum de Alagoas, a jacutinga e o papagaio verdadeiro.

Porém, o que queremos passar neste texto são dicas para a observação de pássaros em diversos locais de Foz do Iguaçu, como o Parque Monjolo, ver o papagaio verdadeiro no Gramadão da Vila A e os Guaxos da Avenida Paraná.

Comecemos com o Parque Monjolo, um parque municipal com um lago alimentado por nascentes do rio Monjolo. O lago mantém características naturais com ambientes que lembram um mini pantanal. Nele se pode ver várias espécies de pássaros aquáticos como jaçanã, frango d’água comum, frango d’água azul, garças, carão, socozinho e martim pescador.

Há ainda tizius, pica-pau branco, quero-quero, pássaros pretos, anu, joão-de-barro, bem-te-vi e outros. Mas uma boa surpresa é ver o curutié, um pássaro pequeno, difícil de ver e que possui ninhos na redondeza do lago.

Em terrenos baldios, com gramíneas que lembram o arroz, é possível escutar e ver um pássaro preto pequeno chamado tiziu – também conhecidos como tizirro, saltador, veludinho  e papa-arroz. O nome científico tem um som curioso. Se você aprende nunca o esquecerá: Volatinia jacarina. Gostou do nome? Tudo no tiziu é interessante. O canto dele parece um assovio que soa como – tiiizíu. Ele é chamado de saltador, devido a outra peculiaridade dele. Toda vez que o tiziu canta, ele dá um salto para cima, fazendo um círculo no ar e volta para o mesmo lugar. Segundo o site wikiaves, a volatinia é diminutivo de “volatus” (voo), com “jacarini” do tupi que significa “aquele que voa para cima e para baixo”.

Ainda no quesito comportamento, o observador testemunha brigas e perseguições em defesa do território. Duas tesourinhas – uma ave migratória – em um voo perigoso, perseguem um martim pescador. As tesourinhas aparecem em setembro e outubro e são vistas em diversos bairros de Foz do Iguaçu, inclusive no Marco das Três Fronteiras. Logo depois outro martim-pescador aparece no campo de visão e pousa no galho de uma embaúba. Ele traz consigo, um peixe maior que o bico dele. O “pescador” passa uns cinco minutos para conseguir virar o peixe e alinhá-lo com a garganta em direção ao estômago. De repente o peixe some. O peixe era um nativo do Lago Monjolo.

Na terra, uma garça branca passa o tempo sobre suas longas pernas à espera de peixes. Ela sempre está a pouca distância dos iguaçuenses que passam horas, com suas varas de pescar, sentados à beira do lago. É um esporte popular. Um pescador falou que não importa se pesca ou não. O importante é estar sentado horas sem celular, sem televisão e sem perturbação. Ele estava a uns três metros da garça branca que, de seu local estratégico, vigiava o anzol do pescador. É o que se pode chamar de compartilhamento entre espécies. Pescar no monjolo é uma espécie de ócio-pesca.

Ainda no Parque, em uma de suas extremidades, há uma palmeira de Bocaiúva. E em Foz do Iguaçu, se há bocaiuvas, há grande possibilidade de haver caturritas morando nelas.

Já os papagaios verdadeiros, aqueles do Gramadão da Vila A, um espaço de festa e recreação criado pela Itaipu Binacional, eles cruzam a cidade. A rota, parte do Parque em direção à região mais florestada da cidade nas imediações do Parque Nacional do Iguaçu. Aparentemente, eles partem do Gramadão, rumam à região do Morumbi, passando sobre a Avenida República Argentina já nas imediações do Jardim Guarapuava que limita com a região rural da cidade.

Já há biólogos trabalhando para entender melhor a população dos papagaios verdadeiros da cidade. Mas enquanto os profissionais trabalham, nada impede que os observadores amadores e apaixonados pelas aves passem bons momentos admirando essas maravilhas da Natureza. Turistas nacionais e internacionais já podem contar com guias especializados na observação de pássaros do Destino Iguassu.

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